A abertura do II Salão da Escola de Belas Artes da UFBA revelou uma produção contemporânea dos alunos de graduação bastante consciente, além de uma Cañizares atualizada e viva, um centro acadêmico organizado e eficiente, e uma direção da escola mais próxima aos alunos. A inauguração da exposição, que aconteceu na última segunda feira (dia 6) iniciou com uma performance bastante sugestiva. Enquanto esperávamos a abertura da galeria, fomos guiados pelos performers ao pátio da Escola de Belas Artes, onde alguns visitantes receberam uma bisnaga e foram convidados a pintar os performes que executavam movimentos sobre pequenas toalhas – antes da abertura da galeria, com um pequeno atraso, conversávamos entre amigos sobre Freud e os desdobramentos de suas teorias, talvez por isso tenha lido a performance de uma maneira muito freudiana; os corpos cobertos de plásticos, as bisnagas espirrando nos corpos dançantes... Ao mesmo tempo em que seu resultado me lembrou os trabalhos de Pollock e Ykes Klein e as indagações contemporâneas do fazer arte e quem a faz.

E sobre essas indagações e resultados, a galeria estava cheia de obras maduras e primorosas – tanto conceitualmente, como tecnicamente, uma boa seleção do júri que dificulta a votação popular pela obra que mais lhe chamou atenção. Os trabalhos dos estudantes expostos mostra o quão é necessário esse espaço para exposição, divulgação e discussões sobre a produção contemporânea da Escola de Belas Artes. A exposição conta com pinturas, desenhos, videoartes, fotografias, esculturas e novas experiências, fica aberta para visitação até o dia 16 de maio. No dia 13, próxima segunda, acontece a vernissage às 18h.

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Manoel Lordelo.