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Estiada, 2009. Rick Van Pelt |
A arte oceânica, a arte pingo d’
água e da nascente são três possíveis modos de criatividade. Nessa tríade
metodológica do fazer artístico se harmoniza todas as forças das intuições
aquáticas. Contrapõem-se em muitos modos de como são tratadas entre elas, mas
as três necessitam voltar ao estado de ciclo aquático, e por isso é uma unidade
a criação da arte.
Para domar a arte oceânica é
preciso ter grande alma. Saber que para a lua ficar cheia é requisito um ciclo
inteiro. A maior alma é a do adolescente, pois vive em eterno conflito. É a
arte do exagero por excelência, nela residem todas as cores mutuamente. E por
ser cheio de vigor exige que compense (pensar com o outro), para não
hipertrofiar. Para manter um verão saudável, é indispensável que tenha as
outras três estações.
A arte pingo d’ água é a menos
luxuosa e mais consciente. Sua força esta na simplicidade por possuir pouco. A
falta de curso faz com que tome posse de toda água que se têm. E cuidando do
que esta nas mãos é capaz de brotar de uma semente uma forte árvore. Sua força
esta em potencializar o que esta a ao alcance.
A arte da nascente é
demasiadamente amigável. Ela não para de nascerem suas águas dela mesma. Suas
águas não vêm de lugar algum e por isso não se importa em trabalhar ou
descansar. Qualquer um pode beber de suas águas, pois ela é de inspiração
interminável. Do nada torna cheio qualquer pote.
Flui sobre três tipos do fazer
artístico, o criar vaza dos
símbolos: excesso de água em uma cachoeira, carência de água no deserto e a intensidade
nos lençóis freáticos. Com isso não quero dizer que são as únicas fontes de
adquirir água são essas. Apenas afirmo que toda criatividade é viva, e por isso
de alguma forma possui água. Essa água é que sacia a sede do mundo, que é vivo.
O bom artista é aquele que torna
essa água potável, mas essa afirmação carece de mais de inundações de pensamentos,
deixo aqui um problema que esta no título dado propositalmente sem lavar, para
que você por si escorra por um rio e descubra os enigmas das correntezas do seu
corpo.
A água é toda ancestralidade do
conhecer!
Darlon Silva,
Poeta.
Poeta.
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