![]() |
Fotografia de Rick Van Pelt |
Planto livros
Escrevo filhos
E a meta?
Uma árvore.
Qual a diferença de uma
árvore para a arte genuína? Nenhuma. Ambas são vitais a respiração do planeta.
Confunde por vezes a própria natureza, como se o germe que brota da terra
também tivesse nascimento no artista. Em um fundamento de o artista criativo
ser Deus e Deus ser uma árvore, imóvel, viva e longeva.
Lá está a árvore parada,
balançando suas folhas e se nutrindo sem ninguém notar. Ela não pode andar, mas
se desloca a qualquer momento porque é uma fronteira. A árvore participa do
mundo subterrâneo com suas raízes, do mundo terrestre pelo tronco e celeste
pelos galhos a balançar.
De onde se nutre não se mostra, mas do que se vê como folha, flor e fruto
servem para outros. Uma árvore velha garante o solo firme, suas raízes são
extensas e difíceis de arrancar. Para saber sobre as raízes é preciso olhar
além da terra que a encobre.
Um velho olha para cima,
olha nos galhos que balançam, procura nada na árvore, persegue o canto do
pássaro escondido nas folhagens. O vento nesse instante parece sair de dentro
da árvore, como o ar parece sair de um leque refrescando o corpo.
A árvore arte é um meio para
a purificação do ar. As metas globais de sustentabilidade debatidas na agenda
21. Quem contribui no incentivo a arte esta implantando uma árvore.
Darlon Silva,
poeta.
Categorias:
0blog,
Darlon Silva,
EM,
Preposições